Parece que herdei da minha mãe esta sina de não ter ninguém próximo e permanente.
Do meu pai que me fez embrião já se sabe, do que me ensinou a abrir o olhos ao mundo a morte levou-o num passeio prematuro.
E eu fico a pensar que de alguma maneira, os homens que se têm atravessado na minha vida foram-se: uns por não haver mais oxigénio de parte a parte, outros por não me aguentarem, outros porque me fartei deles e da sua previsibilidade.
Restou um. Aquele. O que não tem regresso.
E assim sendo não consigo deixar de achar neste velhaco destino que sofro de uma viuvez em vida.
Mas não tenho espinha para chorar causas perdidas e o preto só me dá charme.
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