sábado

Sonhei com ele. Uma confusão em que ele me oferecía braçados de orquídeas em que me arranhava toda até aos cotovelos e quando procurava pelos espinhos nada encontrava. Aparecía então o Magalhães com o meu saco de lixo, de boca aberta, e tentava arrancar-me os braços para os põr junto do que tenho dentro do saco. Eu gritava com ele, dava-lhe ordens, dizía que quem mandava era eu, tudo aos berros e muito sangue em pequenas gotas que ía deixando manchas por todo o lado. Pedi ajuda a ele, olhei-o, inexplicavelmente para ele não abría a boca, apenas lhe pedía socorro com os olhos. Ele sorría, compunha-me o cabelo, nem uma única gota de sangue o tocava e quanto mais eu o olhava e implorava mais ele se distanciava até ficar imperceptível.

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