Estou no pico do estádio de se ser mulher.
Perdi a evangelização que se adquire dos 15 aos vinte, o temor dos 25 em dizer não e fracassar em tudo, atingi a calmaria que os 30 aporta e neste momento disfruto da década de ouro.
Sou eu que escolho.
Escolho cuidar-me para mim primeiro que tudo, ter um bom corte de cabelo, a pele lisa e macia, as unhas tratadas, os musculos firmes das corridas que faço todas as manhãs.
Conheço muitas mulheres que chegaram aqui e esqueceram-se delas, parece que só o marido e os filhos existem, elas são apenas mãos para servir e pernas para afastar à noite.
Não me quero assim, nunca o quis. Talvez por isso não tenha um marido nem filhos. Tenho-me a mim, tenho amigos, tenho amantes e tenho crianças.
Não as condeno por se encontrarem na sua condição de casadas e de mães, até o aprecio. Nelas. Mas aponto-lhes toda a responsabilidade de se terem esquecido de si mesmas como individuos e muito principalmente de se terem anulado como mulheres.
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