Freud era um verdadeiro palerma, encafuava tudo nos mesmos sacos da projecção parental e nos traumas afectivos.
Ontem assisti a um recital de piano que para além de ter sido um tempo de paz foi uma descoberta de mim mesma e do meu corpo.
O pianista fez amor com a pauta, com os pés nos pedais, as mãos no teclado serviram dos melhores preliminares que já senti e até a forma como movimentava o torso ao exalar as notas de olhos cerrados me levaram a um estado de excitação e sublimação como nunca sentira.
Havía uma qualquer coisa fisica, de dentro, naquele homem que parecía atingir um gozo com sofrimento, uma dor antes do clímax na subida disparada até à explosão.
Estava suado quando terminou o recital. Eu também.
Não o desejei entre as minhas pernas, tive-o ali, de uma maneira insólita e única.
Inesquecível.
Que argumentos defendería Freud para este capítulo?
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