quinta-feira

Falemos dele, então.
Não há nada para dizer.
Chegou, esteve e partiu. Simples. Não aconteceu nada de transcendente nem houve discussões. A vida é mesmo assim: tudo o que começa acaba.
Houve um tempo em que me iludi, pensei que não. Aliás nem pensava. Pateta!
Falar de mim? Sobre o quê? Não há nada a dizer, já terminou, siga a vida.
Não, não me recuso a falar sobre isto, simplesmente acho que não há nada de novo nem traz qualquer beneficio estar a desenterrar uma coisa que não tem regresso nem história.
Não tenho traumas, tenho factos.
Desgosto? Hum, talvez. Mas já não sinto nada, aquele calor da raiva já me passou, nem sequer chorei.
Choro muito pouco, já o disse. É um desperdicio.
Se me lembro dele? Às vezes. Tento não lembrar, atrofia-me e não me posso permitir empenhar a minha energia num facto do passado.
Não há necessidade de se falar mais sobre isto.
Adiante.

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