Não sou mulher de casa, caseirinha, prendada.
Desenrasco-me quando a empregada não está ou não me deixou comida feita no frigorifico e não me apetece saír. Mas confesso que não tenho a menor apetência pelo cheiro dos cozinhados e a gordura da louça é uma coisa que quase me repugna.
Não quer isso dizer que não aprecie um bom prato e regalo-me quando deparo com um homem que tenha a capacidade de ir para a cozinha fabricar uma massa "al dente" só para me impressionar com os seus dotes extra.
Atrapalho-me quando me começam a falar de ingredientes e de tempos de cozedura: calo-me ou tento levar a conversa para outro rumo. Perante a revelação (quase arrancada a ferros) de que não é matéria que me proporcione encanto murcham; não todos, mas a maioria.
Claro que quando lhes sirvo outros pratos isso é absolutamente posto de parte.
Pergunta: quem é bom na cama não é bom na cozinha?
Não deve ser... há-os bons no sexo e bons a confeccionar. E não me parece que isso seja apanágio masculino e separação de águas no feminino.
Eu não gosto, não me motiva.
Mas surpreendo-os quando demonstro o meu gosto e conhecimentos por vinhos.
Pergunta: a mulher não pode gostar da arte vinícola que se torna menos feminina?
Hum... ele que se agarre aos tachos que eu escolho o vinho.
(Depois podemos agarrarmo-nos).
1 comentário:
sinto aqui afinidade com a Edna, confesso que eu também sou assim...tachos para eles...
marisa
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