sexta-feira

Detesto zangar-me por questões de opinião. De gostar, criticar, ressaltar os defeitos e exaltar as virtudes.
Acabo sempre por falar alto e algumas vezes até grito e agito os braços de mãos fechadas. Sei-o porque os meus amigos já me chamaram a atenção para essa atitude e eu neguei. Mas têm razão e isso ainda dá mais revolta.
Quando acalmo, peço-lhes desculpa, eles sorriem sempre e dizem que sabem que eu sou assim, mas apontam-me o facto de eu nem sempre estar eles e a maioria não está para me ouvir aos berros a fazer valer a minha opinião.
Mas isso não é de todo verdade: só me comporto assim com eles, estou à vontade, mesmo que o espadachim verbal me salte da veia da testa por querer que eles me entendam e vejam a coisa da minha perspectiva. Não pretendo que concordem comigo, não tenho essa mania de querer que tudo seja da mesma cor e que tudo seja à minha vontade. Aliás isso sería o fim do mundo...
Porém, dou comigo, compulsivamente, quando fico sózinha a pensar se entre eles me comentam, me criticam.
Desconfio dos meus amigos? Daqueles que têm a coragem de me dizer não e ralhar-me como mereço?
Que raio de mulher sou eu afinal?

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