sexta-feira

Não sei se adivinhando o meu propósito se por mera coincidência ou por nenhuma destas duas passou todo o dia de hoje sem conseguir ver o Magalhães para além de um passo corrido quando apressado cruzou por várias vezes a porta do meu gabinete.
Ainda o chamei, uma, duas vezes; Da primeira nem me ouviu, da segunda agitou o indicador e largou um "agora não dá!" e seguiu caminho.
Não forcei o encontro porque afinal esta conversa extravasa em tudo o que é o negócio e mesmo os peões - eu e ele - sendo parceiros de trabalho e a situação tenha decorrdio em horário laboral quero deixar bem marcado, demarcado até, que não vou tolerar interferências pessoais na Empresa.
Esperei pelo final do dia quando a maior parte das pessoas já se foi e logo hoje, sexta, está sempre tudo com uma pressa descomunal. Ainda gostava de saber porquê, pois se correm para as suas vidinhas marcadas de fim de semana tão rotineiras como os dias úteis. Parece que já os vejo em fato de treino... e elas nos seus ténis de marca que apenas vêem a luz do dia nestes dois e será sem dúvida a luz artificial dos centros comerciais, que correr mesmo, treinar, suar custa como tudo.
Quando perguntei por ele disseram-me que já tinha saído, tinha ido ver um cliente, não devía regressar, dissera bom fim-de-semana.
Ok.
Mas na segunda não se livra, nem que seja amarrado.

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