domingo

Tivémos um jantar fabuloso de ostras e champagne, mousse de café e natas ácidas à sobremesa. Serviu-me do seu dedo à minha boca, eu à dele. Descalcei-me, rocei o meu pé nas suas canelas por baixo das calças, senti o canhão das meias, trepei até ao meio das pernas, duro, entusiasmado.
Abraçou-me em pequenos apertos, deslizando as palmas pelas minhas nádegas. Levou-me ao quarto, despiu-me o vestido, pediu-me para ser eu a tirar a roupa interior. Ele assistiu recostado na cabeceira da cama. De quatro cheguei a ele, beijei-o, mordi-lhe o queixo, abri-lhe a camisa, dei-lhe um chupão no pescoço, abri o fecho das calças e descobri-o. Entrei.
Foi um acto lento, saboreado, pequenas atenções da língua dele nos meus mamilos, olhos nos olhos até ao fim, ele primeiro mas soube levar-me lá.
Ficámos em silêncio, engatados, ele naquela posição de semi-sentado, eu uma amazona.
Estava tudo perfeito, sentía-me bem, bem, bem.
- Foi bom para ti?
De repente a música desapareceu, as borboletas caíram de asas queimadas.
Levantei-me num ápice e embrulhei-me na colcha da cama.
- Tens de ir, só agora me lembrei que tenho de me levantar cedo.

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