segunda-feira

Dormi mal.
Acordei muitas vezes com a estranha sensação de o ouvir chamar-me. Levantei-me e fui deitar-me no quarto de hóspedes.
Não sei porque o fiz, porque sempre o faço quando as recordações se tornam mais violentas ou como neste caso o tenha revisto ao fim de tanto tempo.
Fiquei de remodelar aquele quarto... acho-o frio, impessoal.
Não sei porque teimo em sujeitar-me àquele ambiente. Trago o meu saco, abro-o, mas nem sequer tive vontade de vasculhar e encontrar fosse o que fosse. Parece que me bastaram as últimas horas.
Dormi mal porque vivi mal as últimas horas.
Passará mais quanto tempo até voltarmos a encontrar a indiferença num aperto de mão, num beijo de cerimónia, num frete de termos outros acompanhantes, de eu voltar a dormir mal por causa dele que me chama e fugir de novo para o quarto de hóspedes frio, impessoal.

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